terça-feira, setembro 11, 2007

Feriadão


Sete de setembro sempre é bom pra dar aquela descansada básica, sair da rotina, pegar a estrada para qualquer lugar, e curtir uma viagem saudável. E quem mora em Brasília sabe como feriados são bons. E eu recebi convite dos amigos para ir pra Chapada dos Veadeiros, Pirinópolis, Caldas Novas, Goiânia, e no fim acabei indo pra um lugar que nem me chamaram, mas que todo mundo deve conhecer, ou já deve ter ouvido falar, chamado Salto Corumbá. Cachoeira imensa, lugar paradisíaco. Eu já fui lá numa rave uns tempos atrás, e quis voltar no lugar pra curtir a vibe. Muito legal, amigos presentes, marijuana no metro, e muita diversão. O melhor foi conhecer um pessoal maconheirinho de Curitiba em TOUR pelo Centro Oeste. Meu irmão, eu achei que eu fumasse maconha, mas os caras fumam muito. Muito mais do que vc possa imaginar. hahaha!

A gente chegou na sexta-feira pela manhã e na portaria da pousada, aquela mesma que se vc for ler esse blog nos seus primórdios, ela estará lá, dois rapazes loirinhos, sem camisa, me abordam. Ai eu olho pra eles pra saber o que rola, e eles me perguntam se eu sou a Cláudia. Cláudia, eu? Não, não sou a Cláudia. Ahhhh, então você é irmã da Cláudia. Não, também não. hahaha! E ai papo vai, papo vem, e ficamos colados, eles estavam numa galera imensa, num micro-ônibus, e eu com mais duas amigas somente.

Os caras Tudo bem, o câo foi fraco, muito fraco. Essa história, de ah, te confundi com alguém, não cola nem com a mais arcaica das mulheres, mas eu fingi que acreditei que eles realmente acharam que eu fosse a Cláudia e entrei na onda. Os caras eram bonitinhos mesmo. Mas bonitinho mesmo era o hashish que eles traziam na alcunha.

Lá na cachoeira, todo mundo tomando uma cerveja, um vinho, o loirinho mais velho do meu lado, todo cheio de cantadas, sentados na pedra, quando vem o cheirinho específico de marijuana, que todo maconheiro que se preze sente à distância. Aquele cheiro que te deixa arrepiada, ouriçada. E o loirinho: "Alguém tá fumando maconha!" E eu: "Ôpa! Cadê? Aonde?" E o melhor foi a cara de supresa dele, e o tanto que ficamos mais e mais amigos depois desse cheirinho.´Por que até então ele tava pensando que eu fosse uma moça pura, olhos azuis celestes indicando que eu era uma moça do lar, cheia de pudores. Quando ele descobriu que eu fumava um, não deu outra. Ahhhhhh, não acredito que vc fuma. Eu tenho aqui. São meus amigos que estão fumando. E lá fomos nós pra roda, e na roda, pasmem! HASHISH!

Eu e mais duas amigas andando pelo lago sul inteiro atrás de um sonofabitch maconheiro pra arrumar uma brenfa pra levar pra viagem, e só conseguimos 10 reais, malhados. Dois baseados. Então combinamos entre nós que o melhor a ser feito era não exagerar, e fumar fininhos, em horas específicas, pra não ficar na mão na hora de maior desespero. Mas acreditem, nem fumamos o nosso mirradinho, que ficou dentro do carro o tempo todo. Na verdade só lembramos dele quando já estávamos voltando pra casa domingo a tarde, e é claro, fumamos um. Uns. Deus 3 baseados. Fumamos dois no caminho de volta, ouvindo Rita Marley, Joni Mitchel e Tori Amos. Só a mulherada fazendo nossa cabeça. E foi divertido, foi tranquilo, foi massa pra caralho. Quando chegamos no plano piloto, descemos p ra um lugarzinho especial ali perto da torre de TV e mandamos outro pra finalizar. Depois, vinho em algum empório da cidade, e casa.

No fim do dia aquela sensação de missão cumprida, de paz e liberdade, que só os jovens de mente e coração abertos sabem o que significa.

Ah, no próximo post eu falo sobre as aventuras nas cavernas, cachoeiras, e cerrado inexplorado de Corumbá. Sem esquecer dos loirinhos curitibanos, da galera toda muito especial. Então, no próximo post.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Cypress Hill




Duas fotos do show do Cypress pra quem gosta, ver de qual é. Aquele Budah inflável lá atrás foi a maior viagem. [[risos]]




CYPRESS HILL

Yo quiero fumar otra


.

E há um ano atrás eu criticava as pessoas que saiam do Brasil para ir a Miami conhecer a Long Beach. Paguei a língua.


O que aconteceu foi que eu fui pra São Paulo, a gente ficou lá duas semanas indo e vindo para vários lugares, e bares, danceterias, dinheiro, dinheiro, dinheiro. Eu neurótica até a última ponta, por que ainda tava naquela sequla pós-cogu, fumava um baseado, tinha vários flashbacks, quase não dormia mais. Eu juro que não sabia que abrir a mente poderia me ser tão prejudicial. O cogumelo, é muito diferente do LSD e todas as outras coisas psicodélicas que eu já experimentei. A experiência é mística, religiosa, vocÊ sente Deus, vocÊ vê Deus, a NATUREZA viva, morrendo. E isso cria na sua cabeça uma nova realidade. São Paulo pra mim era o lugar mais insuportável e fedido do mundo. Eu sentia náuseas a todo momento. A Selva de Pedra quase me engoliu. Mas sai viva de lá, graças a Deus, e rolou muita coisa, como eu já contei antes. Pressão, opressão na verdade. Acusações vãs e mentirosas. Em me sentia um lixo, mas estava bastante consciente. O que eu queria era uma casa no campo, cheia de árvore, água natural e potável, flores, mas eu precisava de dinheiro, eu estava entre a cruz e a espada. Eu sabia que a casa no campo estava há milhões de quilometros da minha realidade, então eu precisava voltar pra Brasília, pedir descupas pro meu pai, tentar reaver meu emprego, voltar a ganhar grana, mas minha cabeça estava longe, confusa. Por isso eu não podia escrever.

E hoje, para mostrar a todos que não devemos falar sobre o que não conhecemos, eu venho para dizer que voltei pro meu emprego, depois de muito custo e chateações, fiz alguns projetos junto com o meu pai, e fumava no máximo um basado a cada mês. Um não, dois, [[risos]] . Fumava ali mesmo, sozinha, nada de glamour e grandes festas. Joni Mitchel na vitrola e fumaça na cabeça. Ia longe, longe...

Como eu ia dizendo, o cogumelo me deixou muito angustiada com a vida capitalista, com a selva de pedra. Eu queria liberdade. E sai completamente de cena. No máximo um cinema, um teatro, e muito filme em DVD. Nossa, acho que assisti a locadora inteira. Viva a CULT! E asim eu fui indo, até aquela sensação de "olha eu não sou daqui, me diz da onde sou?" ir embora. E foi embora, não completamente. Mas foi... Fui covarde e reneguei uma coisa que eu sei que é somente minha, de mais ninguém. Minha raiz!

Ganhei grana, e consegui agora no mês de Julho, duas semanas de recesso. Eu já estava ligada há mó tempão que ia rolar um festival em New York City que ia ser foda. Comprei a passagem no cartão, caríssima por sinal, vou pagar até março do ano que vem, e fui. Com a cara e a coragem. Sozinha. Para Nova Iorque.

Se São Paulo me sufocou naquela época, eu fico imaginando tomar um cogumelo e ir para Nova Iorque logo depois. Eu aho que ia entortar a cara no primeiro passo que eu desse, e ia morrer ali mesmo, torta, seca e cinza. Selva de Pedra. Pessoas frias, indiferentes. Todos muitooooo rápidos, ágeis, inteligentes. Nossa, como eu conheci nova iorquinos inteligentes nessas duas semanas.Parece que eles estão há séculos na nossa frente, em relação a tudo. Me senti meio um peixe fora d'água, mas na hora do show do Cipress Hill, todos éramos irmãos novamente. Nada de diferenças. A sensação de inferioridade me deixou. e cada vez que o B-Real dava uma tragada de fumaça no seu imenso baseado lá na frente, todo mundo sacava que você nem precisava fumar lá embaixo. [[risos]] Muita fumaça, mesmo!

Foi divertido, todo mundo(mesmo!) fumando. E pra quem já fumou o skank original, hidropôníssimo, sabe o que significa. É outra coisa. Altos tipos diferentes de maconha. Hashish!!!Aqui no Brasil eu quase não tenho fumado mais, por que é tudo lixo. Lixo mesmo, essas merdas prensadas com amoníaco que tem sido vendida na Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. Agora os caras tão colocando merla na maconha. Onde vamos parar? Merla não tem nada a ver com maconha. É outra viagem... Raramente chega um amigo das antigas aqui em casa com um presentinho de qualidade pra mim.

Mas voltando, o show was perfect. Aquele Budah imenso, com uma folha da maconha na barriga, aquele fumacê, todo mundo na maior paz, mesmo cantando músicas de revolta, contra opressão, todo mundo como se tivesse nadando num mar de névoa branca, de paz. Pra quem não se ligou, o festival é de Hip Hop, e rolou altos grupos como Rage Against the Machine(Eu pirei nesse show.), Rakim, Public Enemy, Cypress Hill etre outros que eu nem tinha noção que existia. E eu lá toda "nigga", Yo! me sentindo no meio da galera mais louca que eu já conheci em toda minha vida.

Foi muito legal. Entre outras coisas, comprar coisas que eu nem imaginei que vendesse no mundo. - Meus Deus. Já inventaram isso? Sério? [[risos]] Nova York foi uma experiência, que eu tinha que experimentar, mas não pretendo novamente. :p

Outro mundo, outro nível, mas não é pra mim. Prefiro a calma quase sepucral de Brasília.

Agora é trabalhar de novo, pra viajar mais vezes. Decidi que já que não posso viver por ai, produzindo arte, vou trabalhar para viajar enquanto sou nova e saudável.

Viajar de todas as formas e maneiras possíves, para todos os lugares. "/

Beck


E no dia 15 de Agosto do ano de 2006, eu postei pela última vez nesse pequeno pub onde tudo se podia fazer e falar. Aqui sempre foi tudo legalizado, e a graça era essa. Eu podia falar das minhas loucuras por ai, sem repressão. E agora, faltando 5 dias para completar um ano sem posts, eu venho para explicar rapidamente o que aconteceu, e também para dizer que vou continuar a postar aqui.

A história resumida é a seguinte: Eu criei muitos vínculos e muitas pessoas interessadas em me conhecer, principalmente em Brasília, durante o tempo de blogagem. Então eu comecei pouco a pouco a sair do anonimato, e pouco a pouco, as pessoas me viam na rua, no shopping, no parque, e já me cumprimentavam pelo meu verdadeiro nome. A Maria Joana pouco a pouco foi deixando de existir, para dar lugar a mim mesma, real, medrosa, às vezes fútil, e sem muita coisa a dizer para pessoas que eu nunca tinha visto. Isso foi muito ruim e negativo pra mim, por que quando eu criei o blog, era pra expressar pro mundo, a minha paixão verdadeira pela erva, contar minhas primeiras experiências, contar como eu me sentia com a erva agindo na minha mente, dar dias paras as pessoas sobre sites, filmes, programas de tevê, etc, para verem chapados, mas sem expor minha imagem de forma alguma, já que isso poderia me prejudicar. E foi o que acabou acontecendo.

No meio do turbilhão de encontros com a galera que me mandava e-mails, muitos nomes, muitas pessoas, uma galera legal pra caralho, divertida, outros nem tanto, mas fui conhecendo gente, e fui me deixando levar pelo leve gosto doce e sutil que a "fama" pode trazer. Eu digo isso dessa forma por que realmente foi assim. Em grande parte dos lugares que eu ia, sempre aparecia um nobre desconhecido, vindo do além, para me parabenizar pelo blog, e muitas vezes o carinha ou a mina já vinha com o beck aceso na mão, tudo muito exposto, "vamos fumar um Maria Joana?" . [[risos]]

Ai eu criei o orkut para a Maria Joana, coloquei três fotos minhas, duas dos meus olhos, e uma minha numa organização de um evento aqui em Brasília, sentada chapada, de óculos escuros. Foi instantânea a divulgação do blog. De 300 visitas diárias(Vai ter maconheiro assim na conchinchina [[risos]]) eu passei a receber mais de 700 visitas diariamente. Vindas do Brasil inteiro. E foi numa época, em que eu tinha decidido viajar, fazer coisas novas, criar arte com um pessoal bem legal que eu conheci por ai. E justamente nessa época, meu pai ficou sabendo que a sua filhinha sempre tão bem comportada e estudiosa, fumava maconha. Não vou falar muito sobre isso, deixa pra outra ocasião. Só sei que quando veio o vendaval, veio derrubando tudo.

O problema maior de eu ter parado de blogar não foi nem o meu pai, e sim a polícia. Na verdade um policial, que ficou sabendo de um dos "encontros" da tribo na península pelo blog, e me mandou vários e-mails, falando que tinha me adicionado no orkut, que queria fumar um comigo, que eu era linda, e bla bla bla.

Resumindo, me fudi. Por que cai como uma trouxa, uma pata recém-nascida, que quer tirar onda de esperta. Fui indiciada por várias coisas, entre elas tráfico de drogas, e apologia às drogas. Claro que se você for uma pessoa inteligente, o que eu sei que é, essa hora já deve saber que não deu em nada esses processos, e no máximo o que consegui foi uma pena de sair com o filme queimado por muito tempo. Por que com esses processos rolando, eu tendo que ir depor, isso e aquilo, muitos amigos meus também, amigos pessoais, alguns que nem sabiam que eu era a Maria Joana, e que eu fazia o que eu fazia, foram indiciados. Não deu em nada, como tudo no Brasil. Essas leis podres não condenam ninguém que tenha um bom advogado e seja no mínimo inteligente. Eu nunca trafiquei drogas, de onde eles tiraram isso? E outra coisa muito pior, se não fossem pelos encontros que eu promovi na península, na ermida, no parque, as festas, que nem foram tantas, eles não teriam absolutamente nada pra dizer contra mim, por que esse blog aqui pode ser muito bem uma grande farsa, e tudo que eu digo aqui pode ser uma grande mentira. É óbvio que não é, mas na hora que você vê aquela promotora com cara de demônio, te olhando de rabo de olho, a única coisa que você pensa é se livrar dela, o mais rápido possível.

O grande lance foi eu ter mandado e-mails para algumas pessoas dando dicas de onde ia chegar a marafa da boa, de onde vendia, é claro que os policiais viram o movimento em torno do meu blog, e fecharam o cerco. Mas eu não devia. Não devo nada à justiça e nem à polícia. Tô tranquila.

No fim acabou tudo bem, mas eu sai desse processo profundamente magoada e humilhada, pois ficou provado por A mais B que eu não sou nem nunca fui criminosa, e etc. O fato de quase um ano depois eu resolver voltar ao blog, é mais como que para afrontar esses que porventura venham a me perseguir daqui pra frente. Felizmente(ou infelizmente?) a internet brasileira não possui leis corretas e sérias, para julgar possíveis crimes que venham a ser cometidos nela. Tudo é muito falho e inconsistente. Então, tô de volta sem medo.

Mas dessa vez, sem orkut, sem nome verdadeiro, sem encontros, sem fama. Até por que objetivo principal nem era esse. Estou de volta, para dar notícias sobre a minha vida de loucuras e viagens, e para fazer novos amigos, por que não? Mas dessa vez, tudo com muita calma e cuidado.

Acabei de chegar de Nova Iorque, fui no festival Rock The Bells, e vocês nem vão acreditar, vi o show do Cipress Hill e do Rage Against The Machine. Cara, esses prazeres o dinheiro pode te dar. Eu fico imaginando onde eu tava com a cabeça quando sai do Senado para ir fazer tour pelo Brasil como mochileira andarilha [[risos]]. Tudo bem, foi importante. Mas ter dinheiro para passar duas semanas de férias em Nova Iorque, tomar tantas tequilas e fumar quantos baseados quanto queira, isso, esse prazer só o dinheiro vivo pode te dar. E alguns podem até me chamar de metida a besta, mas gente, eu trabalho, e ganho dinheiro pra isso. Nada mais justo que eu queira ver e fazer coisas que nunca fiz.

No próximo post, Nova Iorque.

terça-feira, agosto 15, 2006

Adocica meu amor, adocica!


Tô meio sem saco pra essa vida de internet, mas na verdade quando paro pra me analisar a internet, o meu blog, é uma das poucas coisas que me fazem bem de verdade.

Tô com uma preguiça mórbida durante esse mês. Mal tô saindo da casa que a gente alugou, e fumo uns trocentos becks por dia. Na verdade todo paraíso, por mais belo que seja, acaba enjoando um pouco. Tô sentindo muita falta da civilização, dos teatros, dos bares com tequila pra encher a lata, e etc. A gente tá indo embora semana que vem, o curta já está pronto, e a edição final será feita em São Paulo. Quero ficar pelo menos um mês longe de praia, de areia, e de maconha. Sabe quando você fuma tanto que a lombra nem tem mais graça? Sei lá, de vez em quando eu sinto isso. Tô sequelando direto, falando besteira na hora errada, esquecendo até onde coloquei minha mochila na noite anterior antes de deitar para dormir. Sequelada mesmo, sem dó. Engraçado é que fiquei muito apática depois dessa mega-over dose de cogu, doce e maconha. De alguma forma foi muito bom pra me conhecer melhor, pra ver coisas surgirem na minha vida.

O surreal simplesmente te acompanha pro resto da vida depois que você o experimenta. Então eu estou vivendo um sobre-mundo atualmente. As minhas percepções do mundo mudaram. Isso aqui foi meio que uma lavagem cerebral para mim, uma coisa positiva, claro. Percebi que nem tudo eu posso fazer com tanta excentricidade e exagero. Mas é a vida. O que eu estava falando mesmo? Não vou reler o texto. Tô com preguiça. Vou simplesmente escrever até a vontade passar.

Aqui no Nordeste eu conheci o Recife, o Maranhão, Natal, entre outras ilhas e prais inomináveis. O Nordeste é no Brasil e o povo vai para Miami curtir uma "long beach". Não entendo isso. O Nordeste é lindo minha gente, vamos todo mundo conhecer o nosso país.

Bem, o melhor de ter vindo pra cá foi eu poder estar em contato completo com a natureza. Tomar doce na praia é uma coisa tão especial e trancedental, que não tem explicação. Isso valeu a pena. O que não valeu foi ver a miséria que assola a Bahia e o Nordeste em geral. Mas isso fica pra outro dia.

Quero ir embora logo. Tô com saudade de casa, dos meus amigos, do meu paizinho querido. Em breve estarei em Brasília again. Aguardem ai galera.

Antes São Paulo, por duas semanas, para ver o tão falado filme "A Concepção" do diretor José Eduardo Belmonte, que é brasiliense. Eu queria mesmo ver esse filme, já que tenho recebido muitos e-mails falando que ele é perfeito. Em São Paulo eu vejo. Se tudo der certo...

Rezem por mim, me mandem boas vibrações ai, e viajem!

Na quinta-feira tem uma trance numa ilha aqui perto, mas eu nem vou por que tô cansada, sem dinheiro, sem ânimo mesmo. Chega de trances na beira da praia por um tempo, preciso me recompor.

E parar de fumar trocentos becks por dia também.

Um beijo psycho pra vocês, cheio de luz e cor.

Maria Juana

quinta-feira, agosto 03, 2006

Tô viva!


Depois de uma semana inteira em uma Trance no Recife, e alguns dias me recompondo, estou de volta. Mas confesso que um pouco triste e deprê. Todas as minhas energias foram embora com a festa. Mas eu sei q elas voltam. Sempre voltam.

Maracatu Atômico. Psicodelia aflorada na pele. Areia do mar. Mar. Gente bonita. Gente doida. Muita gente doida! Trance. Doce. Amanita Muscaria. Sonhos. Muitos sonhos. E maresia na cabeça. Uma semana fora do planeta terra!


Tô voltando pra terra pouco a pouco, e com uma decisão em mente. Vou acabar com o meu orkut, infelizmente. Aquilo está me expondo demais, apesar dos cuidados.

Um cheiro em todos...

Marie Junkie

Atolada até a tampa de remédio para passar a dor de cabeça e a cólica, que vieram juntas essa semana.

sábado, julho 22, 2006

Coisas do século 21


O filho chega da escola e pergunta pro pai:

- Pai, a professora pediu pra gente pesquisar em casa qual o doce mais doce que existe... E colocar a resposta aqui na folha.
- Qual é o doce mais doce filho?
- É pai. O doce mais doce...
- O doce mais doce que existe filho, é o LSD.



Recebi isso por e-mail de um colega de Brasília.

quarta-feira, julho 19, 2006

ô sequela!


Bem, quem já se aventurou pelos lados do morro de São Paulo, com certeza já viu esse cara que é um ícone aqui. Ele vende pastéis, toca violão, e é muito engraçado. Vocês não podem perder essa atração especial do morro quando vierem aqui.

Agora falando um pouco sobre a marafada que anda rolando por aqui. Aqui todo mundo tem marijuana, todo mundo compartilha marijuana, e até hoje eu não precisei comprar nenhuma vez para fumar. O povo é hospitaleiro, e se tu quiser ficar uma semana doidão, procure os "moradores de rua" que rodam por aqui e verão o que é a verdadeira lombra.

O nosso documentário está quase pronto, e tenho certeza que ele vai assustar muita gente. Existe um outro país dentro do Brasil chamado Morro de São Paulo, com leis próprias em certas ocasiões, e um povo que vive desolado com a destruição que o turismo causa a cada dia que passa.

Pra falar a verdade, não há nada aqui que seja mais irritante do que os turistas. nisso eu também me incluo, claro. Mas os turistas não respeitam o lugar como deveria, e além de tudo, o morro hoje é comercialziado de todas as formas. Conversando com algumas pessoas aqui, percebi que antes, na década de 80, quando o morro ainda não havia caído nas malhas do turismo comercial, era muito melhor.

Percebi que existem diferentes tipos de turistas aqui. Existem os roots, que se amarram numa psicodelia e se amarram também na natureza exuberante do lugar. Existem aqueles que aproveitam as facilidades em se ficar doidão por aqui, e usam isso ao seu favor. A noite do morro cheira erva natural. Me senti em casa nesse ponto. Poder fumar tranqüila, sem neuras na cabeça, sem "cumpridores da lei" por perto.

A ultima festa que fui, semana passada, só entrava quem estava com o nome da lista de convidados do cara. Eu conheci ele no mesmo dia da festa, comprando brinco na feira, e ele me convidou para ir lá na festa dele. Chegando no local, uma banda de regae rolando, vi um monte de gente conhecida do morro. Falei com alguns, por que aqui é muito fácil fazer amizade. E fui embora meio cedo, por que a galera estava curtindo cogus, e eu queria evitar a tentação.

Sério, por que usei cogumelos não têm nem um mês e até hoje sinto os efeitos. Então isso não é coisa pra se usar todo dia, toda hora. tem que ir devagar, tem que saber chegar, só no sapatinho rapá. kkkkk!

Ô sequela. Gente, por falar em seqüela. Tem dia que eu fico o dia inteiro sequelando, filmando, organizando coisas, e fumando. Tanto, que nem lembro que tenho blog. rsrsrs!

Espero que tenham mais paciência comigo.

Me mandem e-mails, perguntem coisas, que respondo tudo por aqui, e por lá. Por onde der.


ah, fumei um aqui com um ator da Globo que tá gravando uns comerciais em Salvador. foi hilário, por que o cara é um palhaço, e morri de rir com ele. Quando o via na malhação, eu nem imaginava que ele fosse tão lindo e engraçado.

Peguei o e-mail dele e tudo. Se bem que pensando bem agora, nem lembro onde coloquei esse e-mail. E novamente,

Ô sequela!

Beijos pro Edu, pra Marina e pra Andréia, que marcaram minha passagem por esse lugar.

E coloquei uma foto de uma rave que fui aqui no meu orkut. Vejam lá! :)

E quem me conhecer pessoalmente, mandem e-mail pedindo as outras fotos que eu mando. Beijos!

quarta-feira, julho 05, 2006

A polícia? Fechada!


em Morro é normal andar pela rua três horas da manhã e ver crianças vendendo bagulho e toda sorte de dorgas que vc imaginar. Crianças. Vendendo drogas! entendeu?

E a polícia? Fechada! Não funciona de madrugada.


E o Morro não pára. 24 horas no ar.


O próximo post é sobre o argentino FOM. Aguardem!


E uma nova amiga daqui de SSA me perguntou se eu não tinha medo de escrever tudo que escrevo, sabendo que meu pai lê meu blog, agora. E eu respondi que não tenho mais medo de nada. Agora meu pai conhece todos os meus segredos. E isso me deixa feliz, de alguma forma. Só falta ele perceber o quanto isso é bom e voltar a falar comigo normalmente.

Por causa de uma maconhazinha o povo faz um vendaval danado.


Mary Junkie

Ahhhh, na segunda praia eu vi. Juro que vi uma cobra! Nadando entre alguns banhistas. E eu nem sabia que no mar tinha cobra. Ui ui!



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